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sábado, abril 24, 2004

se tudo der certo...
... esta semana eu volto a morar no meu quarto, que vai estar verde mais claro, sem infiltrações nas paredes e um cheiro de novo tipo insuportavelmente.
... não vou sair tão tarde do jornal durante a semana, pensando sempre que estou sendo vítima de exploração e como vou ter pouco tempo pra ouvir música e ler e ver filmes e falar com meus amigos e andar pela rua (não que eu costume sair andando pela rua, mas só a possibilidade de fazê-lo é estimulante).
... vou assistir a "Kill Bill: Volume 1" hoje, e ter tempo nos próximos dias de falar alguma coisa sobre ele aqui, incluindo algumas citações de uma entrevista do Quentin Tarantino que saiu na Entertainment Weekly que eu peguei lá do jornal e que foi doada pela nossa chefa-mor.
... vou sair daqui pra tirar a capa de poeira dos meus livros e das minhas coisas que tiveram de sair do quarto e estão jogadas no meio da sala.
... vou dar um jeito de, mesmo com pouca grana, fazer render a cerveja (nessas horas eu sinto falta de fumar, porque se eu ainda fumasse podia passar a noite toda só baforando com uma expressão blasé).
... vou conhecer alguém super cool hoje, no cinema ou na noite, e começar a achar que nem tudo está perdido.

Nos próximos posts>> seleção de alguns dos meus ídolos, com biografias em duas linhas>> Tarantino e sua Bride no cinema>> a volta ao quarto>> o fim de semana comentado
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resumo da semana
na quinta-feira às 9h18 o TomZé pediu pra eu e o Alberto estendermos nossa pesquisa de forma a abarcar as origens e o próprio conceito de noir - quer dizer, entender e explicar o que é expressionismo, romance policial da década de 30 e 40, existencialismo, mais o contexto sócio-político-cultural americano no período. Acho ótimo porque vai ficar um trabalho bem completo, mas ainda não sei, *não sei* que tempo vou arranjar pra fazer isso. Essa semana não teve um dia que eu saí antes das oito da noite do trabalho!
Fora isso, ele também comentou de forma delicada (abominou mesmo) o tom informal do rascunho (isso, rascunho) de texto que eu passei pra ele. Lembrou ainda, e com isso eu concordei, que era necessário ter mais opiniões próprias no texto (que falava dos filmes noir), e não apenas fazer uma montagem de citações. Vou ter de escrever mais minha impressão pessoal sobre o noir no cinema e nos quadrinhos.
Ainda na quinta, às 18h06, o Sávio me alugou um pedaço, mas me emprestou duas fitas de vídeo, uma com o "FALA TU", um documentário sobre música na favela que tá passando no Brasil e um outro que eu não lembro agora. Vamos torcer pra eu assistir esses filmes no fds!
A sexta-feira não existiu: passei o dia internado no jornal, longe de tudo e todos e sem saber o ritmo do mundo lá fora.
Pra fechar, cinco palavras: dormir, acordar e Kill Bill.
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quarta-feira, abril 21, 2004

o e-zine que não sai
eu, o Valentão e a Lu combinamos faz um tempo já de criar um site que seria como um e-zine nosso. Já tem gente montes sabendo. A idéia vem rolando desde o ano passado. Tem outra pá de gente querendo participar também.
Mas por enquanto não rolou nada.
A reunião que a gente fez pra definir como ia ser esse site deu em quase nada.
Bom, eu tava com umas idéias de fazer umas entrevistas e biografias fake.
É tipo assim (olha a expressão pop): inventar pessoas. Criar gente. Caras que nunca existiram contam sobre suas vidas.
Isto é, artistas falando de sua relação com a arte. Escritores supostos falam de terraços acima da metrópole sobre experiências que queriam ter. Prostitutas virtuais em quartinhos com banheiro sem porta dão detalhes de seu trabalho. Viciados em xadrez sentados em curva sobre mesas desabafam seus traumas de infância. Afinal, como vive alguém que não existe?
Outra coisa bacana de fazer seriam as biografias inventadas dos meus amigos. Eu até já vinha pensando em contar a vida do Valentão - sob a minha ótica. Ou do Biteco. E da Lu, da Déia, do Rob, etc. Acho que vai ser cool.
É, parece que tenho que pressionar o Valentão pra gente fazer a idéia rolar.

Mudando de assunto, não dá vontade de vez em quando de colocar um nome bem idiota no Msger? Daqueles que quando aparece o aviso de entrada, a pessoa pensa "Putz, quem é esse otário?".
Dá não, né?
Tudo bem, foi só uma idéia.

"Let's kiss not fight, try to do what's right tonight
Make love not war, what the hell are we living for?"
é o que diz o refrão de "Love in war".
Andre 3000.
Outkast.
The love below.
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fernanda young said na MMM
Ela estava vaga como uma futura vítima de estrangulamento.

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terça-feira, abril 20, 2004

constatações
Kill Bill deve ser do caray.
Speakerboxxx é super cool.
The love below também.
Normalmente é difícil nas primeiras vezes.
O Winamp 5.02 deixou o WMP no chão.
Rádio na internet em mono é mil vezes melhor que rádio local em estéreo.
Véspera de feriado é sexta-feira.
A constatação anterior não vale para mim.
Quando demora muito geralmente é um saco.
Fim de semana devia ter três dias - ou mais.
Sono nem sempre é vontade de dormir.
Eu nunca vou ler todos os livros que tenho.
Pelo menos os CDs eu já ouvi.
Nem todo mundo vai pra Hollywood - sorry, Madonna.
Daniel Clowes é demais.
A obra de Alan Moore deveria ser patrimônio da humanidade.
A do Carl Sagan também.
Sempre que eu penso demais é mais difícil.
Às vezes cansa.
Sempre que eu não tou nem aí eu gosto do resultado.
Freqüentemente cometo os mesmos erros que critico.
Se eu disser a mim mesmo uma coisa mil vezes provavelmente não vai acontecer nada.
Se eu esquecer um dia inteiro talvez eu sequer perceba.
Entrar num templo sombrio e ouvir orações ditas em voz fúnebre com palavras que não fazem sentido deve ser muito interessante.
Quando alguém quer muito alguma coisa, o Universo inteiro sequer toma conhecimento.
Sem saber é complicado fazer.
Essa lista poderia servir para fazer um monte de biscoitos da sorte.
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segunda-feira, abril 19, 2004

palavras
Passei esses últimos dias sob uma dose razoável de estresse. Talvez isso tenha embaralhado algumas coisas na minha cabeça, agitado aquele lodo do fundo dos neurônios.

O fato é que voltaram à minha mente alguns poemas soltos, certas músicas antigas. Essa música da Dolores Duran, que eu ouvi em dezembro do ano passado e nem prestei atenção demasiada. Esses versos do Fernando Pessoa que todo mundo já ouviu mas parece mexer com um instinto perdido de há séculos.

A minha cabeça, nos últimos dias.

[Mar portuguez]
Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão resaram!
Quantas noivas ficaram por casar
para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
mas nelle é que espelhou o céu.

(FP)

[Castigo]
A gente briga,
diz tanta coisa que não quer dizer,
Briga pensando que não vai sofrer,
Que não faz mal se tudo terminar.

Um belo dia
a gente entende que ficou sozinho,
Vem a vontade de chorar baixinho,
Vem o desejo triste de voltar.

Você se lembra,
foi isso mesmo que se deu comigo,
Eu tive orgulho e tenho por castigo
A vida inteira pra me arrepender.

Se eu soubesse
Naquele dia o que sei agora,
Eu não seria esse ser que chora,
Eu não teria perdido você.

(DD)
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woo!
O John Woo dá um show de planos-seqüência e travellings em "O pagamento". A história, baseada em um conto do Philip Dick, também tem um argumento extraordinário: tem esse super engenheiro, vivido pelo *cute* Ben Affleck, que trabalha em projetos ultra-secretos e, por conta disso, após cada serviço, ele tem a memória apagada para evitar de revelá-los.

Tudo vai bem, até que ele aceita um serviço maior, em que vai perder três anos de sua vida... mas em troca de ganhar $90 milhões. Ele chega à megacorporação onde vai trabalhar, e toma uma injeção - a partir daí, esquece tudo o mais, até acordar na mesma sala estava ao tomá-la, três anos depois.

Nesse intervalo, entretanto, o dono da corporação escroteou com ele. Armou um esquema para não pagar o cara, e ainda forjou um crime em que o engenheiro, acusado, acabaria sendo executado. Preso, acuado e sem memória, a única coisa com que ele conta é um pacote com alguns objetos simples - um clip, duas chaves, um desodorante spray e outras coisas - que ele enviara a si mesmo antes de sua memória ser apagada.

Acontece que o projeto em que ele estava trabalhando era o de uma grande máquina capaz de prever o futuro. E ele viu, no seu próprio futuro, que acabaria sendo assassinado. Sabendo disso, antes de sua memória ser apagada, ele separara um pequeno pacote com alguns objetos comuns que o ajudariam a escapar do destino que a máquina lhe vaticinara.

A partir daí, uma questão crucial para a história e seu protagonista é saber até que ponto um futuro previsto pode ser alterado. Ou seja, o próprio conhecimento do futuro poderá mudar a rota das coisas? É um problema circular que perpassa boa parte da obra de Dick, inclusive "Minority report".

No mais, vale destacar a Uma Thurman: extraordinária, e usando uma roupa gola alta que lembra aquela com a qual ela aparece no cartaz de "Kill Bill". Será que vai virar moda?
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domingo, abril 18, 2004

essas coisas
Manhã de domingo. Tempo nublado. Eu e o Rafa na beira de uma daquelas escadinhas de concreto da Ponta Negra. Água a perder de vista embaixo de nós, promessa de mais água ainda no céu. E ela veio. Sobre nós. E a gente não tava nem aí.

Eu nem tava a fim de encarar esse programa, depois de uma noitada de cerveja, apertação, fumaça de cigarro se impregnando na minha roupa e música ruim no meu tédio. Mas o Rafael ainda tava ligadaço. Me obrigou de um jeito que não dizia, mas dava a entender que, afinal, aquele era o único sentido que nossa existência poderia tomar e que o sono, as olheiras e a falta de vontade são desculpas de quem, como diria Cortázar, precisa de papel pautado para escrever ou começa a apertar o tubo da pasta de dentes pelo final.

Cheguei em casa molhado, depois de tomar dois ônibus com o Rafa, depois de ver ele chupar montes o piercing que ele tem nos lábios, depois de comer tapioquinha de barraca de café da manhã, com a cara amassada, o cabelo torto e roupas com cores diferentes das originais. Mas bacana, foi très très cool.
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sábado, abril 17, 2004

Pergunte à noite
Pergunte à noite de sexta-feira.
Pergunte a ela se eu a deixaria passar assim ao largo como a estou deixando passar hoje.
Pergunte se alguma vez eu deixei de aceitar seu convite, em cada véspera de um sábado livre para o sono sem hora.
Convencida como eu de que a sexta noite de uma semana de sete dias é o verdadeiro paraíso de um coração baladeiro, ela lhe dirá o quanto é estranho me ver entretido nos lençóis de uma-cama-no-escuro-ventilador-ninando.
Entre batidas, palavras sacanas e desejos apertados contra tecidos, ela se oferece generosa e quente, enquanto apenas me concede um frio abraço.
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quinta-feira, abril 15, 2004

Uma complexa história de suspense
Eu de fato imaginei que fatalmente alguém ia levar a metáfora da cauda mais adiante. Vocês não deixam passar nada hein!

Bom, o que eu queria dizer é que apenas hoje eu percebi que o CD da trilha sonora de "Cidade dos sonhos" (Mulholland Dr.), do David Lynch, traz um headline do filme na parte interna da lombada, que dá pra ver dentro do cristal. E eu ainda não tinha visto. Diz "A complex tale of suspense, set in the unreal universe of Los Angeles".

Eu achei incrível, porque define exatamente o que é o filme. Freqüentemente eu lembro como esse filme do Lynch é perturbador. Vi diversas vezes. A história não só é complexa, eu diria, é quase bizarra mesmo. Atores mudam de personagem. Coisas estranhíssimas acontecem, e depois o filme sequer faz referência a elas. Antes e depois são conceitos inexistentes.

E o mais intrigante: o filme faz sentido. Um sentido torto, cheio de pontas soltas. Se o roteiro fosse uma coisa corpórea, "Cidade dos sonhos" seria um bicho de sete cabeças. E no final das contas, a sensação do filme inteiro é de suspense: até mesmo as imensas palmeiras das avenidas de Los Angeles, que aparecem nos folhetos turísticos e mostram a exuberância da capital do cinema americano, causam uma impressão de terror.

Mas "Cidade dos sonhos" é um filme sobre o qual não se pode falar. Precisa ver. E tendo a plena certeza de que vocês irão assisti-lo depois, relacionei algumas das cenas que mais me marcaram.

1. O carro percorrendo lentamente a sinuosa estrada que dá nome ao filme, como para dar uma idéia do labirinto em que o espectador está para mergulhar. O detalhe é que ela volta perto do fim do filme.

2. A cena em que a personagem de Naomi Watts desembarca, deslumbrada, no aeroporto de Los Angeles - e estranha cena que se segue após.

3. A já referida tomada das palmeiras - atemorizante.

4. A cena em que Rita descobre um nome para si.

5. Mais tarde, a tomada em que ela se vê no espelho usando uma peruca loura - assumindo, assim, outra identidade.

6. Os testes com as atrizes.

7. A cena em que Laura Harring (como Camilla Rhodes) conduz Diane (antes Betty) por uma sinuosa subida que vai dar em uma mansão. Repare no seu olhar sedutor.

8. Toda a apresentação da Llorona de Los Angeles no Club Silencio.

Gente, tenho que trabalhar! Até mais!
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quarta-feira, abril 14, 2004

O blues mood dos ratinhos
Diz a Nature que os ratos podem se tornar deprimidos quando sofrem estresse por muito tempo, como numa imitação dos sintomas humanos. Os animais deprimidos perdem o senso de prazer, e não demonstram qualquer preferência entre água açucarada ou pura. Eles também desistem mais facilmente de lutar, quando suspensos pelas caudas.

Acho que ultimamente também não venho fazendo muita distinção entre água e refrigerante.
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Classificados
Vende-se uma fábrica de chocolates completamente equipada. Detalhe: os empregados já estão lá e trabalham de graça. Tratar com: Willie Wonka. Telefone: (22) 555-5555.
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PS
Valeu pela dica dos comments, viu, Beto! =)
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terça-feira, abril 13, 2004

O porquê do nome
Sinto que existe uma necessidade de justificação para o título do blog (depois eu falo de mim, ok?). Principalmente porque acabo de abrir no IMDB a página que tem os dados desse filme. Bom, o fato é que "Nunca sem minha filha" (Not without my daughter) é o nome de um filme produzido em 1991 e estrelado pela Sally Field (de "Uma babá quase perfeita").

O filme conta a história de uma mulher que é levada pelo marido para viver com a filha no Irã. Acontece que ele tinha dito que seria tudo OK, mas quando chegaram lá as duas acabaram se dando mal, porque o cara era violento e a vida não era tão boa assim. Aí mãe e filha precisam fugir. Mãe, como é mãe, nunca abandona sua cria. Daí o nome do filme.

E já passou montes no Intercine. E no Corujão. Só não passou na Sessão da Tarde, eu acho, porque os filmes da sessão da tarde são desmiolados, mas fazem rir. Acho que por culpa daquelas chamadas da Globo, dramatizando tudo com frases de efeito, enfatizando o sofrimento de Sally Field num close estúpido, a coisa toda me cheirou a pieguice e dramalhão. Ainda mais com esse título.

Aí peguei. Achei nonsense. De vez em quando, eu digo "Nunca sem minha filha!" só de palhaçada.

E é isso aí. Agora dormir. Acordar cedo. Pelo menos está chovendo. Tudo bem.
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Só eu mesmo
Por que eu ainda estou no trabalho, mais de 14 horas depois de ter chegado aqui? Ainda estou me perguntando. O fato é que fiquei até um pouco mais tarde para terminar uma matéria sobre músicas de duplo sentido, e acabei ficando, ficando e agora nem adianta mais sair pra pegar um ônibus porque daqui a pouco vão sair as kombis pra deixar o pessoal que não tem carro em suas casas. Eu, óbvio, estou incluído nesse pobre grupo.

Mas eu sou um zé mané mesmo, e isso é tudo uma bobagem. O fato é que eu achei umas informações interessantes sobre as origens do duplo sentido na música popular brasileira. Você sabia, por exemplo, que o autor da música do Hino Nacional, Francisco Manuel da Silva, compôs suas canções sacanas? Foi o que a jornalista Mônica Leme descobriu e explicou em um trabalho chamado "Humor e malícia é coisa antiga na nossa música popular" (sic).

Um exemplo disso é o "Lundu da marrequinha", do qual transcrevo alguns trechos abaixo. À guisa de explicação prévia: "marreca" era um laço dado no vestido das moças, usado atrás das nádegas. Aos versos:

"Os olhos namoradores
Da engraçada iaiásinha,
Logo me fazem lembrar
Sua bella marrequinha.

Iaiá, não teime,
Sólte a marreca,
Senão eu morro,
Leva-me a breca.

Quem a vê terna e mimosa,
Pequenina e redondinha,
Não diz que conserva prêsa
Sua bella marrequinha.

Nas margens da Caqueirada
Não há só bagre e tainha:
Alli foi que ella creou
Sua bella marrequinha."


Safadinho esse Francisco Manuel hem?
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segunda-feira, abril 12, 2004

Um gostinho de Cortázar
Porque eu estou sem idéias, porque acordei muito cedo e vou dormir muito tarde, porque vou acordar muito cedo de novo e, principalmente, porque vou dormir sozinho, aqui vai o início de um interessantíssimo conto do Julio Cortázar, chamado "Os axolotes":

"Houve um tempo em que eu pensava muito nos axolotes. Ia vê-los no aquário do Jardim das Plantas e ficava horas a olhar para eles, observando sua imobilidade, seus movimentos obscuros. Agora sou um axolote."
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domingo, abril 11, 2004

Seis boas loucuras para um fds
[Assistir a]
. Mistérios e paixões (The naked lunch), do David Cronenberg
. A estrada perdida (Lost highway), do David Lynch
. Cidade dos sonhos (Mulholland Dr.), do David Lynch

[Ouvir]
Windowlicker, do Aphex Twin
Strawberry Fields Forever, dos Beatles
A obra completa de Richard Wagner

[Ler]
Trilogia de Nova York, do Paul Auster
O jogo da amarelinha, do Julio Cortázar
Como uma luva de veludo moldada em ferro, do Daniel Clowes
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sábado, abril 10, 2004

Páscoa é pra isso mesmo
Promoção na Saraiva. Tudo com frete grátis. Hoje e amanhã.
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sexta-feira, abril 09, 2004

O que vem por aí

Leio no New York Times de hoje: uma nova onda de processos de indivíduos contra empresas está começando nos Estados Unidos. Depois que fumantes com câncer abalaram a indústria tabagista por danos contra sua saúde, agora é a vez dos rechonchudos atacarem as empresas de alimentação por seus quilinhos a mais.

Na matéria, alguém lembra que logo no início, quando começou-se a falar em processar os fabricantes de cigarros, todo mundo achou que era um piada. Décadas depois, eles são hoje o inimigo público número 1. Agora imaginem.

Vão começar a colocar avisos nas embalagens dos alimentos, alertando sobre os níveis excessivos de gordura: "Consumir este produto pode causar danos à sua forma". Junto, vão restringir as vendas. Doces, bacon, calabresa, requeijão e outras guloseimas vão sumir dos supermercados para serem encontrados apenas naquelas biroscas de última no final do bairro.

Mas a procura continua alta. E há cada vez mais gordinhos. O aviso não é mais suficiente. As autoridades resolvem estampar nas embalagens fotos de gordos horríveis, deformados mesmo. As situações mostram um fofo sendo "secado" por caras feias num ônibus lotado. Outro chora num canto enquanto seus amigos magros fazem grupinho e riem apontando para ele. Uma terceira olha desalentada para um biquíni que NUNCA SEM MINHA FILHA vai caber nela, enquanto a atendente dá de ombros, com um ar de não-posso-fazer-nada-sorry-honey.

Essas e outras imagens aparecerão em tudo, desde lasanhas de microondas até um mero bombom de chocolate. Cada "Serenata de Amor" vai trazer uma no papelzinho uma imagem dos males causados pela comida. "Este alimento pode causar a perda dos seus amigos", alerta os dizeres embaixo.

Isso sem falar da segregação. Comidas mais pesadas, como a feijoada, só serão vendidas em restaurantes de baixa categoria. A mesma coisa com os sanduíches, salgados e pastéis. Aliás, quem costuma comer essas coisas nos quiosques dos vendedores ambulantes agora o faz sob os olhares reprovadores das pessoas que passam. A situação chega a um extremo em que popstars magros vão tirar proveito da situação para adotar a imagem de outsiders, declarando a repórteres sensacionalistas que não vêem nada de errado em comer.

E a campanha anti-comida já começou. Com aqueles garotinhos rechonchudos, movendo ação contra o McDonald's. Alguém, felizmente, lembrou que ninguém come nada por obrigação, e eles perderam. Mas logo outras pessoas seguirão o exemplo. Em algum momento, os juízes vão dar ganho de causa aos gordinhos.

Aí é que eu quero ver.
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quarta-feira, abril 07, 2004

Bloody Holy Friday
Pois é, é exatamente essa a perspectiva que eu tenho do feriadão que se aproxima. Simplesmente porque vou trabalhar de manhã, de sexta-feira até domingo, todos os dias.
O único lado bom é que já tenho pauta para domingo - não vou passar o dia enfiado na redação.
Isto é: se Deus quiser, os orixás permitirem e o destino conceder. Amém.

PS. Em meu próximo post vou falar um pouco sobre mim. Acho que tá na hora. Mas não liguem se eu mudar de idéia - aliás, já tem alguém aí?
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terça-feira, abril 06, 2004

Esperança
O dia começou terrível, com sol e uma claridade de dar espirros. Agora está chovendo, o céu todo cinza e ventando frio.
Se nenhuma criança inventar de desenhar sol no quintal, tudo vai ficar bem.
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Bom, acabei de aterrissar, então esperem um pouco que ainda vou reconhecer a área.
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