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terça-feira, novembro 23, 2004

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tanta gente, meu Deus, e eu aqui sozinho de madrugada!

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quarta-feira, novembro 17, 2004

se o rob namorasse o jim carrey

tarde de um sábado comum, o telefone toca. é o rob.

- e ae seu veado, te acordei?
- naum, gay, eu já tinha acordado.
- olha só, eu vou passar aí daqui a pouco pra pegar aquele livro, que eu vou precisar pra fazer um trabalho.
- e quem disse que eu vou te emprestar?
- tu vai me emprestar pela nossa amizade, seu fresco.
- uhm, será?... tá bom. que horas tu vem aqui?
- agora à tarde, já tou saindo. tu vai ficar em casa?
- vou, o cleyton disse que talvez viesse aqui.
- escuta, eu vou com um menino que eu conheci da Internet... a gente tá ficando...
- quem é? eu conheço?
- não sei, mas tu vai conhecer quando eu chegar aí.
- então tá, gay.
- tá bom, já já eu tou aí.

Mais tarde, estou lendo no quarto, o rob abre a porta de casa.

- cheguei -, diz ele, colocando a bolsa no chão, perto da cama. - o menino tá aqui fora, eu vou chamar ele pra entrar.

o rob vai até a porta que ainda estava aberta e chama alguém. pelo vidro eu vejo um cara alto, enquanto ele tira a sandália pra deixar na porta. então ele entra.

é o jim carrey.

- johnny, esse é o jim -, apresenta o rob. - jim, johnny.
- prazer -, eu digo.
- prazer -, responde o jim carrey. em português mesmo, sem sotaque.
- vamos lá pra sala.

fico meio desconcertado. o rob conta que eles entraram em contato pelo orkut, depois pelo msn messenger. tudo na semana anterior. o jim carrey tinha acabado de fazer "Desventuras em série". O trailer já tá até passando aqui.

o rob fala pra ele que ainda não assistiu nem a "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Ele responde que ele tem em dvd na casa dele, e vai chamar o rob pros dois assistirem juntos. a esta altura, meu queixo está em pedaços no chão, mas ninguém parece notar. com esforço, digo "eu vi no cinema. achei muito bonito, fiquei emocionado". o jim responde algo como "é, o kaufman é realmente genial". depois dá um sorriso pro rob e fica acariciando a mão dele. acho que comecei a suar frio.

- acho que vou pegar água lá em cima, aqui embaixo não tem -, digo eu, levantando e já pegando a garrafa na geladeira.
- eu vou lá contigo, quero pegar um pouco de café com leite -, responde o rob, calçando a sandália pra subir comigo. Lá em cima, eu não agüento mais.

- rob! por que tu não me falou que tava ficando com o jim carrey??? por quê???
- mas a gente se conheceu mesmo ontem! eu até te liguei, mas tu não atendeu o telefone...
- rob, eu não acredito!
- aí a gente ficou ontem à noite, fomos à ponta negra. ele é super carinhoso -, diz o rob, com um certo ar amoroso.

fico calado um tempinho, depois digo pra ele:

- ah, eu tenho que falar com a mamãe aqui no quarto, me espera aí antes de descer.
- tá, vai logo, a andréia pode chegar e se assustar com o jim lá embaixo.

vou ao quarto da mamãe. pego um pedaço de pano, e um vidro na gaveta de remédios. abro e jogo um pouco no pano. coloco de volta no lugar.

na cozinha, o rob coloca leite em pó no copo de café. ele está de costas pra mim. rapidamente, eu chego por trás e coloco o pano sobre o nariz e a boca dele, enquanto o seguro com força com o outro braço. por sorte tudo é muito rápido, eu não agüentaria segurar se ele se debatesse muito.

ele fica pesado, então o deixo cair no chão, com cuidado pra não bater a cabeça. puxo pelos braços um pouco para deixá-lo atrás da mesa de jantar. a babalu (é uma cadelinha), que estava deitada ali, se afasta e vai deitar noutro canto.

deixo o pano na pia, pego a garrafa de água e desço. lá embaixo, o jim carrey está olhando os cds - a parte de música brasileira. eu entro, ele olha, eu sorrio, ele sorri de volta, um pouco sem graça.

- você quer água, jim? - eu pergunto.
- quero sim... - responde ele, meio assim. logo depois, ele pergunta: - ahn, cadê o rob?
- ah! ele ficou com vontade de ir ao banheiro, e resolveu usar o lá de cima mesmo - respondo, enquanto coloco água num copo e entrego a ele. Ele bebe, enquanto eu o observo. Ele não diz nada. Silêncio.
- eu acho q ele vai demorar... - digo, deixando a frase um pouco no ar, e dando um sorrisinho. Ele dá um sorriso constrangido de volta.
- ah...

sento perto dele, tomo um pouco de água que coloquei pra mim também. e falo, como quem não quer nada:

- tá quente aqui, você não acha?


jim carrey, pensando no sumiço do rob

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